Not With Haste

Ando pensando muito nessa música dos Mumford and Sons que dá o tom do texto de hoje.

Como a vida passa depressa, ou assim parece.
Como a gente acorda-come-estuda-dorme num ciclo quase sem fim, e mal percebe que está perdendo os dias.
Como o ritmo frenético é aceito e abraçado por (quase) todos como uma verdade universal. "Uma daquelas coisas."
Como mais um mês vai embora e a gente mal se dá conta.

Só queria desacelerar um pouco o ritmo. Toda vez que penso nisso, me comprometo com isso, não consigo.
Aparecem mil tarefas, mil coisas para ocupar a mente, o dia, a semana, o mês, o ano.
E aí, quando eu vejo, o tempo já se foi e eu fiz pouca coisa.

E amei pouco também.

Eu amo muito. Muitas coisas, muitas pessoas, muitos momentos.
Mas também amo pouco. Com pouco tempo, com um beijo ou um abraço apressado, uma desculpa murmurada, um olhar querido, porém distante.

Tudo porque não consigo parar por um período de tempo satisfatório para colocar todo esse amor nas coisas que eu faço e nas pessoas que me cercam.

Escrevo na esperança de guardar esse pensamento, e poder voltar aqui para agarrá-lo com todas as forças quando o tempo me escapar mais uma vez.

Espero.

And I will love with urgency, but not with haste.

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